quinta-feira, 8 de novembro de 2012

HISTÓRIAS DE FESTIVAIS II - POR RICO BERTOLETTI!!

Gente boa!!
Eu tenho recebido alguns e-mails do Rico - nosso diretor de palco de muitos dos mais importantes festivais do Rio Grande do Sul - contando suas memórias e histórias de festivais.
Tenho achado muito, mas muito legal!!
São fragmentos importantes dos bastidores dos eventos, escritos por quem os conhece com muita propriedade. O Rico está se revelando um baita cronista cultural, por isso, tomo a liberdade de repartir estas preciosidades com as pessoas que também gostam do movimento nativo do Rio Grande do Sul!!
Aquele abraço!!

HISTÓRIAS DE FESTIVAIS

Esta história vem lá de Butiá, onde é realizada a Coxilha Negra, organizada pela Prefeitura Municipal, e a ALLKI Produções sob o comando do meu amigo Tinho Almeida. A Coxilha Negra na minha opinião é um dos festivais mais interessantes que temos em nosso Estado, devido ao fato de ter duas linhas distintas, uma popular e uma nativista, nas arquibancadas você vê o pessoal de bombacha, bota, chapéu, escutando um samba, um rock, um funk, e a gurizada com brinco, piercing, tatuagem curtindo um vanerão, uma milonga, um chamamé, todos começam a conhecer e a gostar desses novos gêneros musicais, sempre respeitando o artista que está no palco.
Tem alguns festivais que colocam nos regulamentos alguma coisa sobre indumentária, alguns dão até premiação.
Aí vem a história, um grupo vocal premiadíssimo nos festivais, o Grupo Status, do Claudio Amaro, Edson Vieira e o Dani DK, com participação especial do meus grandes amigos o cantor e compositor Marco Araújo, o percussionista Giovane Berti e do tecladista e acordeonista Matheus Cleber,estavam com uma música no Festival, chamei eles, pois seria a próxima música a se apresentar, eles estavam aguardando na beira da escada para subirem ao palco, fiquei olhando e vi o Giovane de calça jeans e alpargata, o Matheus de bombacha e tênis, pensei..., e contei pros outros integrantes do grupo, vou aprontar uma para esses dois....
Fui rapidamente nas arquibancada dei uma olhada e vi um cara de bombacha, chapéu, lenço e bota, bem pilchado, chamei ele, expliquei o que queria, dei um crachá pro cidadão e o cara como um grande ator se serviu para coisa, chegou perto do Giovane e do Matheus e se apresentou como Fiscal de Indumentária:
– Tchê, vocês vão participar da linha nativista e vem com esses trajes, calça jeans e alpargata e tu de bombacha e tênis? Vocês não vão poder subir ao palco!
O Giovane e o Matheus nem pensavam na música, mas na ajuda de custo que estavam perdendo, e viam o dinheiro voando de suas mãos, Eles olham um pro outro naquela baita interrogação, olham para mim, como quem está pedindo socorro, digo:
- Não posso fazer nada, o Fiscal de Indumentária tá aí pra isto.
Então olham para escada e vêem o Claudio, o Edson, o Dani e o Marco dando risadas do desespero dos dois, eles começam a rir, e dizem:
- Este negão e o dito “Fiscal de Indumentária" nos empulharam.
Todos subiram ao palco rindo, e fizeram uma baita apresentação da música.

Um abraço do amigo Rico Bertoletti

Diretor de Palco

2 comentários:

  1. Buenos dias Rômulo ! Tchê, tava dando uma lida no teu blog por indicação do meu parceiro Jader Duarte, que lembrou que já conhecia este "causo". Estávamos participando com 2 trabalhos na Coxilha Negra aquele ano e o “Fiscal de Indumentária" foi interpretado por mim ! Mas que festival de fundamento aquele ano, demos umas boas risadas daquelas de "mostrá o ciso" ... Um abraço tchê !

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  2. Hahahahaha!!!! Mas bah Everton!!! Mas bota gauchada!!! Que baita momento encontrar o "fiscal de indumentária" hahahahaha!!!! Que os festivais nos proporcionem sempre isso, arte, amizade, história e motivos para bendizer nossa terra e nossa gente!! Grande abraço e gracias por visitar este pequeno galpão virtual... tendo histórias de festivais, só enviar para romulo_chaves@yahoo.com.br e vamos dividir com o Rio Grande!!!

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