domingo, 15 de maio de 2011

CAPELA DA CANÇÃO NATIVA!!!!


   Neste final de semana, iniciou, sendo que, teve seu final já na madrugada desta segunda-feira, a 5 capela da canção nativa, na cidade de Amaral Ferrador, RS, onde estivemos competindo com a composição NO MANTO VERDE DO CAMPO, que é uma letra minha, com melodia de Robledo Martins e Maurício Lopes.
  Agradeço muito a Deus por ter me dado amigos que acreditam na força de um verso, na arte de inspiração, na voz que o coração possa expressar em uma rima, um tema, uma canção...
  Que nunca nos falte motivo para nos reencontrarmos, vontade de trocarmos um abraço e, claro, mate com erva da Palmeira, verso e música pra iluminar a vida!!

PREMIAÇÃO:

Melhor instrumentista - Luisinho (acordeon)

Melhor poesia - NO MANTO VERDE DO CAMPO (Rômulo Chaves)

Melhor intéprete - Marcelo Oliveira (Ninho de Hornero)

Música mais popular - De quem conhece a saudade  (Gilmar Baptista / Almo Luís Abreu da Silva)

Terceiro Lugar - A FLAUTA DA VIDA (Adão Quevedo / Danilo Kuhn da Silva) 

Segundo Lugar - DOS ENCONTROS (OLAVO LORETO / PAULLO COSTA)

PRIMEIRO LUGAR - NINHO DE HORNERO (SÉRGIO SARETTO / ZULMAR BENITEZ)




MELHOR LETRA DO FESTIVAL - Que grande honra poder levar esta distinção tão importante para quem escreve, me sinto muito orgulhoso, feliz, e motivado para estar, em cada verso, dimensionando parte da emoção por sobre uma rima derramada no manto lindo e livre do papel...

NO MANTO VERDE DO CAMPO


Hoje o sol deste verão, a despacito no rincão, chamou o dia pra lida
Minha alma acomodada nos bastos da colorada, repassou a minha vida
Vi que foi aqui mesmo que deixei de andar a esmo pra, enfim, fazer querência
E o campo, a seu gosto, bebeu suor do meu rosto, emprestando sua essência...

Alço a mirada pra frente, o gado pasta silente, "hay" brisas de calmaria...
Lembro o pequeno ranchito, onde beijei meu piazito antes de "empeçar" o dia
Tem tantos reclamando de tudo que está faltando, mas eu guardo esperança
E um sabor de lida buena, que, talvez por ser torena, descobri cá na estância!!

Tenho tino pra os arreios e um sonho estreleiro no céu do meu olhar
De um dia ter meu gado, e um flete ao meu agrado, pra meu guri encilhar...
Mas sei que por agora, me resta bater esporas feito coplas de acalanto
E entregar estes anseios ao ventito, meu parceiro e ao manto verde do campo!

O campo sabe o que faz, dele, sorvo minha paz, nele, planto meu futuro
É lugar de boa aguada, das lendas da gauchada, é luz para o escuro...
Seu manto cobre a história e toda essa trajetória de peões e estancieiros
Que ao olhar do campo, são iguais no mesmo tanto, são apenas campeiros!!

Por isso tenho confiança e me alço nas distâncias que o meu sonho levar
Com muita sinceridade, nos braços bons da verdade, me orgulha trabalhar!!
Penso estas coisas comigo, com o campo por abrigo e os olhos na invernada
Daqui a pouco o dia finda e volto rever a linda, flor campeira da morada!!







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