segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tupanciretã... que saudade!!

Hoje à tarde, recebi uma ligação da boa, linda e hospitaleira terra de Tupanciretã, falei com os amigos Régis Reis e Marcelo Silveira...
Por telefone, me disse o Régis, que mudaram os ânimos depois de ler a poesia que foi feita para as mães de todos nós, tomando por referência a dona baixinha (minha mãe), e, olha, tenho pra dizer aos amigos, que mudou mesmo, foi o meu ânimo!!! Que vontade de escrever mais, de ver que ainda existem pessoas dispostas a prestar atenção à poesia, em determinado tempo de seu dia!!!
Abençoada terra de Tupanciretã que ainda conta com cidadãos capazes de emocionarem-se com as coisas que são ditas por nosso povo!!! São gente da minha gente!!! Que têm orgulho de sermos interioranos, com nossa simplicidade e nossa maneira especial de valorizarmos o simples, o humilde, mas com certeza, o sincero!!!!
Esta querência que abraço nesta postagem é muito marcante pra mim, pois lá, durante a semeadura, tivemos a oportunidade de levar uma obra em parceria com meu irmãozinho Piero Ereno, interpretada pelo meu compadre Jean Kirchoff (vou contar em detalhes esta história mais tarde), e conduzida no palco, por um time de músicos sensacional!!!
Trata-se de CARTA AO PAI, um tema que, depois de um dia dos pais em frente ao janelão do meu apartamento, com um mate e o violão, eu soube que era o momento para homenagear os pais, através do seu Osmar, um homem observador, silente, mas de uma presença muito forte, muito tranquila, e, claro, absolutamente necessária!!! Tomei por base o meu pai, para que a obra ganhasse vida e abraçasse todos os pais, mas todos mesmo!!!
Neste tempo de e-mails, blogs, sms e tudo o mais, convidei os guris para escrevemos uma carta, "à moda véia", à moda interiorana e romântica de dizer que amamos um familiar!!! E, para felicidade de todos nós, eles toparam, deram alma à obra e ela foi selecionada para dividirmos com o público da semeadura.
Que saudade da semeadura hein Régis e Marcelo???? Quase enfartamos meu pai naquela noite de dezembro... dobrei minha emoção naquele evento... e deixo o verso postado, com um gosto de saudade, mas também, com um abraço muito grande à querência de Tupanciretã, minha humilde maneira de dizer-lhes MUITO OBRIGADO PELOS MOMENTOS MÁGICOS QUE VIVI NO CONVÍVIO DE VOCÊS!!!

CARTA AO PAI
Rômulo Chaves/Piero Ereno
Intérprete - Jean Kirchoff

hoje o papel ganhou nuances de saudade...
pois na verdade, o tempo veio me encontrar,
neste momento em que a emoção se faz querência,
eu lembro a essência que compunha o nosso lar...

pai é o teu guri quem te escreve...
com alma leve renovada em sentimento
se meus recuerdos gastam sonhos alma afora
a cada aurora, o sol te traz em pensamento

PAI EU ESCREVI PORQUE ENTRE AS LÉGUAS DO CAMINHO
ME SINTO TÃO SOZINHO ENTÃO TE BUSCO UMA VEZ MAIS
PAI, QUERO DIZER QUE AINDA LEMBRO TEU ABRAÇO
POR ISSO FIRMO O PASSO, SEM TE ESQUECER JAMAIS!!!


nestas andanças amizade nunca morre!!
E me socorre na angústia e no temor
então relembro teus conselhos, tua coragem
cada mensagem de coragem e de amor...


pai, encerro a carta e agradeço
me reconheço um homem justo e mais maduro
ao pai maior, faço um pedido com respeito
ter o teu jeito com meu filho no futuro!!

Um comentário:

  1. Olá Rômulo,

    Silenciosamente venho contemplando o teu fazer poético. Nas primeiras linhas a gente percebe um trabalho feito de suor e sentimentos em teus versos. Já tive a oportunidade de concorrer contigo em dois festivais (Manoca no ano passado e Coxilha este ano) e vejo os bons frutos que colhes com teu trabalho maduro.

    Queria ter conversado contigo na Coxilha, mas com a correria que foi o festival acabei não falando com quase ninguém.

    Ah! Em tempo, muito bom esse espaço que mantens para que as pessoas possam ficar masi perto do teu trabalho.

    Muito luz e sucesso pra ti!

    Abraço!!

    Antonio

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