terça-feira, 26 de junho de 2012

ELIMINATÓRIA DO RIO GRANDE CANTA O COOPERATIVISMO EM TRÊS DE MAIO!!!!!

    Aos poucos vou botando em dia as informações...
    Quero dizer aos amigos que, no dia 07 de Junho, dia Santo de Corpus Christi, estivemos na querência de Três de Maio (terra que abriga Maykell Paiva e família), em uma eliminatória do festival O RIO GRANDE CANTA O COOPERATIVISMO.
      O festival foi realizado junto com uma feira da cidade, momento maravilhoso em que as pessoas puderam unir o útil ao agradável, passear pelo evento, fazer refeições por lá mesmo, e, de quebra, à noite, compartilhar da música, em sentido Lato Sensu, considerando que o festival do Cooperativismo não tem fronteiras musicais, trabalhando, democraticamente, todos estilos, ritmos e influências.
       De nossa parte, uma parceria minha com Robledo Martins esteve no palco desta eliminatória, sendo a canção A FORÇA QUE TEM A VIDA, que foi inspirada na MENSAGEM DE VIEIRA, ADAPTADO DO SERMÃO DO SANTISSIMO SACRAMENTO, PREGADO NA SANTA EGRÁCIA, NO ANO DE 1662!!!!!!
      Gente, esse sermão é muito muito lindo que até nem vou postar a minha letra, mas sim, a fonte da inspiração, pois o texto é simplesmente MARAVILHOSO!! Espero, do fundo do coração que estas palavras de luz façam tão bem a quem ler, quanto fizeram e fazem a mim. Lá vai:

toda vida, ainda das coisas que não têm vida; não é mais do que uma união.
uma união de pedras é edifício
uma união de tábuas é navio
uma união de homens é exército.
e sem essa união, tudo perde o nome e o ser.
o edifício sem união é ruína;
o navio sem união é naufrágio;
o exército sem união é despojo.
assim até o Homem, cuja vida consiste na união de corpo e alma. com união é Homem, sem união é cadáver
por mais alta que esteja a cabeça, se ela não estiver unida; é pés.
por mias ilustre que seja o ouro, se não está unido; é barro
nobreza desunida, não pode ser, porque se estiver desunida, logo deixa de ser nobreza.
para derrubar um reino, e muitos reinos onde há desunião, não são necessárias baterias, não são necessários canhões, não são necessárias balas, nem pólvora. basta uma pedra, o lápis.
para derrubar um reino, e muitos reinos onde não há união, não são necessários exércitos,
não são necessárias campanhas, não são necessárias batalhas, não são necessários cavalos, não são necessários os Homens, nem um Homem, nem um braço, nem uma mão.
nós temos muito boas mãos, e o sabem muito bem os nossos competidores, mas se nao tivermos união, nem eles haverão mister em suas mãos para nós, nem a nós nos hão de valer as nossas.
ANO: 1662

    Imaginem a inspiração Divina de uma pessoa falar isso no ano de 1662!! Imagine a preocupação com o sentido coletivo e de comunidade, isso é simplesmente extraordinário e muito digno de uma composição! Quisera que minha poesia ficasse a altura de uma forma tão linda e mágica de dizer de nossa NECESSIDADE de apoio mútuo, de amizades fortes, de famílias integradas, de união entre consciência, indivíduo e espírito... muita coisa no mundo ia ser diferente se estas palavras fossem levadas em consideração na medida em que merecem!!!
    Bueno, conosco no palco esteve um time maravilhoso de músicos que doaram sua arte pela obra, capitaneados pela voz maravilhosa do casal Jean Kirchoff e Analise Severo e, a propósito, tivemos a felicidade de classificar a obra!! Agora, em novembro, precisamente no dia 19, estaremos novamente partilhando essa mensagem tão bonita e apropriada para todos, até além do cooperativismo, na cidade de Espumoso.
    Segue abaixo fotos da música, com nossos compadres quebrando tudo na garganta!!




domingo, 24 de junho de 2012

27 CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA!!!!!!!


    Gente boa!!
    Primeiramente, perdão pelo longo tempo sem atualizações mas eu andava passando um tempo um tanto nebuloso, agora, o que não tem remédio, remediado está, segundo a sabedoria popular...
    O fato é que no último final de semana de maio, a festa foi em Palmeira das Missões, por ocasião do Carijo da Canção Gaúcha, onde o Rio Grande do Sul voltou os olhos para o palco no centro da cidade de lona, junto ao parque municipal de exposições Tealmo José Schardong.
     Um Carijo extremamente especial para mim, pois trata-se do festival que, EXATAMENTE, corresponde a meus 10 (dez) anos de nativismo, valendo mesmo!! Minha primeira música em festival foi no Carijo de 2002, PRA SE CANTAR AO ENTARDECER, parceria com Helton Zanchi, defendida por Aline Raimondi.
     Então, nem preciso dizer do filme que passava na minha cabeça e no meu coração, trilhas sonoras variadas para uma década da minha vida entregue ao nativismo.
     Agradeço aos amigos da fase local, que me convidaram para tocarmos juntos duas obras maravilhosas na quinta-feira, à noite.
     Enquanto compositor, tinha duas obras de parceria a serem apresentadas, "O VERSO E O ESPELHO", em parceria com meu irmão Nilton Ferreira e "MEU FIM DE MUNDO", em parceria com meu amigaço Piero Ereno, interpretada por nosso grande amigo Miguel Marques.
     Fomos à final com a composição Meu Fim de Mundo, no domingo, à noite, e, após o evento, fomos laureados com o prêmio de melhor trabalho poético (troféu carijo) e também o segundo lugar (troféu tarefeiro).
     Meu Fim de Mundo é uma obra que resgata nosso orgulho interiorano de viver, nossa história de vida em cidades pequenas, em povoados pequenos e lugares isolados que, costumeiramente, por centros maiores, são taxados de fim de mundo, refletindo, muitas vezes, um desinteresse e uma conceituação gratuita e injusta acerca do lugar onde um gaúcho nasceu, ferindo frontalmente o sentimento de  QUERÊNCIA.
     Por pensar a esse respeito, produzimos e defendemos MEU FIM DE MUNDO. 
     No domingo, ainda fizemos um almoço gigante, nas dependências do CTG Sinuelo da Querência, onde compareceu uma gama imensa de artistas e amigos que, a bem da cultura, se fazem peregrinos da arte, na estrada dos festivais.
     Deixo por aqui algumas fotos do evento, e a letra do MEU FIM DE MUNDO, para compartilhar a obra com todos os amigos!!!
     Um grande abraço!!!



MEU “FIM DE MUNDO”


O meu lugar é um povoado pequenino
Onde as pessoas reconhecem seu igual
É uma terra que escreveu o meu início
E é lá mesmo onde quero o meu final...

E já vi gente chamando de “fim de mundo”
Este cantinho, onde a paz tem endereço
Mal sabem eles, que a grandeza desta vida
É ver o mundo sem ter fim e nem começo...

Qual o direito de chamar de “fim de mundo”
O chão bendito onde um dia alguém nasceu??
Por certo é gente que não vê como eu enxergo
A terra-mãe que, com carinho, Deus me deu!!

Ainda tem um chimarrão na vizinhança
E a inocência no olhar da criançada...
E toda vez, que eu saio lá do “fim de mundo”
Mal vejo a hora de voltar naquela estrada!!

Contemplo a noite, com a alma enluarada
Em pensamento, me dou conta da verdade:
Andei lugares que, a muitos, impresionaram
Mas nenhum deles me sorriu felicidade!!





Almoço com a gauchada da arte!!

Momentos antes do anúncio do resultado, após uma bóia no restaurante do Chico!!

Agradecendo o prêmio de melhor trabalho poético.

Miguel Marques agradecendo o segundo lugar!!